Após nota sobre Bolsonaro, gestão Lula chama encarregado dos EUA
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Itamaraty quer que representante americano dê explicações após nota da embaixada com críticas ao Judiciário brasileiro
Fachada do ministério de Relações Exteriores Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após a Embaixada dos Estados Unidos divulgar uma nota em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e endossar críticas feitas pelo presidente americano Donald Trump ao Judiciário brasileiro, o Itamaraty anunciou, nesta quarta-feira (9), que chamou o encarregado de negócios norte-americano, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos.
A nota da embaixada americana defendeu que Bolsonaro é alvo de uma “perseguição política” que é “vergonhosa e desrespeita as tradições diplomáticas do Brasil”. De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, o posicionamento da representação dos Estados Unidos teria caracterizado “um avanço indevido sobre a soberania nacional” e, por isso, a convocação foi feita.
A nota da embaixada americana vem a público justamente em um momento no qual Trump tem se posicionado em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na última segunda (7), o líder americano escreveu em sua rede, a Truth Social, que as ações judiciais contra Bolsonaro são ataques políticos e que o Brasil está fazendo algo “terrível” contra o ex-presidente.
Já nesta terça (8), quando fez nova postagem e voltou a defender o líder conservador brasileiro, o chefe de Estado americano chamou a atuação do Judiciário contra Bolsonaro de “caça às bruxas” e pediu que ele seja deixado em paz.
Confira, na íntegra, a nota escrita pela Embaixada dos Estados Unidos: Jair Bolsonaro e sua família têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos. A perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Reforçamos a declaração do presidente Trump. Estamos acompanhando de perto a situação. Não comentamos sobre as próximas ações do Departamento de Estado em relação a casos específicos.
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