Instituto Alerta: Era de redução de Armas Nucleares chega ao fim com aumento de estoques operacionais

Instituto Alerta: Era de redução de Armas Nucleares chega ao fim com aumento de estoques operacionais

 O Sipri aponta uma "clara tendência de aumento nos arsenais nucleares, retórica nuclear mais dura e abandono de acordos de controle de armas".

         KCNA via Reuters


A era de declínio nos arsenais nucleares, observada desde o término da Guerra Fria, está se encerrando, segundo o Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo (Sipri). Em um relatório divulgado neste domingo, 15 de junho de 2025, o instituto revelou que, embora o número total de ogivas tenha diminuído de 12.405 em 2024 para 12.241 em 2025, o quantitativo em estoque e pronto para uso aumentou de 9.585 para 9.614.

O Sipri aponta uma “clara tendência de aumento nos arsenais nucleares, retórica nuclear mais dura e abandono de acordos de controle de armas”.

Modernização Acelerada e Crescimento dos Estoques

Estados Unidos e Rússia: As duas maiores potências nucleares, responsáveis por cerca de 90% das ogivas globais, estão modernizando e adicionando novas versões a seus arsenais. Essa modernização é um fator-chave para a reversão da tendência de desativação de armas antigas.

China: O país asiático expandiu seu arsenal, adicionando 100 novas ogivas em 2023 e outras 100 em 2024, totalizando cerca de 600. O Sipri projeta que a China pode atingir 1.000 ogivas em sete ou oito anos.

Reino Unido e França: O Reino Unido manteve seu estoque estável, mas uma decisão anterior de elevar o limite para 260 ogivas sugere crescimento futuro. A França, com cerca de 290 ogivas, também avançou em seu programa de modernização.

Índia e Paquistão: Ambos os países continuaram desenvolvendo novos mísseis nucleares em 2024. A Índia possui aproximadamente 180 armas, com uma “reserva crescente”, enquanto o Paquistão mantém cerca de 170 ogivas.

Coreia do Norte e Israel: A Coreia do Norte, com cerca de 50 ogivas, e Israel, com aproximadamente 90 (não oficialmente confirmado), também estariam modernizando seus respectivos arsenais.

Nova Corrida Armamentista e Risco Tecnológico

Dan Smith, diretor do Sipri, alerta que uma nova corrida armamentista será “altamente tecnológica”, envolvendo não apenas o número de ogivas, mas também os sistemas de controle e orientação, com um papel crescente da inteligência artificial. Ele enfatizou que a transição para a automação total nesse campo seria um “passo que jamais deve ser dado”.

Por News Rondônia com informações de g1 - 20

da redação FM


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