Deputada do PSB manteve só cinco funcionários na Câmara para ter equipe mais robusta durante a campanha. Parlamentar diz que redução é ‘questão de honestidade’
A candidata do PSB em São Paulo, Tabata Amaral: deputada vê desconhecimento como obstáculo — Foto: Maria Isabel OliveiraForam 16 exonerações apenas em 28 de julho, dia seguinte à convenção do PSB que oficializou a candidatura de Tabata. Dentre os funcionários que deixaram suas funções em Brasília, ao menos cinco estão atuando na comunicação da campanha da deputada na capital paulista.
Tabata Amaral em seu primeiro dia de campanha à prefeitura — Foto: Nicolas Iory/O Globo
Ao GLOBO, a campanha de Tabata defendeu que a redução de seu gabinete é uma "questão de honestidade" justamente para que os funcionários que a acompanham não sejam remunerados com dinheiro da Câmara. A deputada assegura que o contingente mantido no seu gabinete em Brasília é suficiente "para atender às demandas deste período, que são menores".
Por regra da Mesa Diretora da Câmara, deputados que pretendem disputar as eleições não podem pedir reembolsos de gastos com “divulgação da atividade parlamentar” feitos nos 120 dias anteriores ao pleito — ou seja, só era possível usar a cota parlamentar para esse fim até junho.
As notas fiscais apresentadas pela candidata de janeiro a maio mostram que Tabata impulsionou suas ações de comunicação antes de esbarrar nessa restrição: foram gastos em média R$ 31 mil por mês com essa finalidade, 62% a mais que a média dos 12 meses anteriores (de R$ 19 mil).
Boulos só levou um funcionário para SP
Em comparação, o outro deputado federal candidato na capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), manteve 15 funcionários em seu gabinete (só um foi exonerado para vir a São Paulo), e gastou em média R$ 9 mil em cada mês deste ano com ações de “divulgação da atividade parlamentar”.
O reforço no time que coordena as redes sociais de Tabata é uma das apostas da campanha para superar o desconhecimento da população em relação à deputada, fator que aliados apontam como maior barreira a ser superada. No primeiro evento público de campanha, na semana passada, havia mais pessoas trabalhando do que apoiadores no entorno da candidata.
Fonte: O GLOBO
da redação FM Alô Rondônia