João Pedro Wieland ganhou a edição de 2012 do Jovem Cientista, que está com inscrições abertas até 4 de outubro
João Pedro Wieland hoje: pesquisador na área da inteligência artificial na UFRJ — Foto: DivulgaçãoPorto Velho, Rondônia - Em 2012, o estudante João Pedro Wieland começou a escrever sua história como pesquisador da inteligência artificial, ao vencer o Prêmio Jovem Cientista na categoria ensino médio, com a criação de um aplicativo de celular que controla o ritmo das atividades físicas. Grande motivador de João Pedro, o programa está com inscrições abertas até o dia 4 de outubro, e recebe projetos de estudantes do ensino médio e do ensino superior, mestres e doutores.
Apaixonado por tecnologia, Wieland conta que, na época, quando tinha 15 anos, aproveitou o tempo livre em decorrência de uma greve no Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde estudava, para aprender a programar aplicativos de celulares.
João Pedro Wieland ao ganhar o Prêmio Jovem Cientista em 2012 — Foto: Arquivo pessoal
O estudante acabou criando um app que controla os resultados para o corpo de uma corrida no parque ou na esteira, a partir do ritmo da música ouvida pelo praticante do exercício. A pesquisa contou com orientação de um professor da UFRJ e voluntários do colégio.
— Me perguntei se poderia usar algum algoritmo para ajudar na escolha da melhor música para cada tipo de treino. Comecei a ler artigos na internet e fiz vários experimentos com pessoas correndo com diferentes tipos de música. Com erros e acertos, consegui desenvolver o app — lembra João Pedro, hoje com 27 anos.
O estudante descobriu que os efeitos do exercício podem variar de acordo com as batidas sonoras, já que o atleta adapta seus movimentos, e analisou a velocidade atingida por cada um conforme a música. O aplicativo fornecia ainda informações como a distância percorrida, o gasto calórico e o índice de massa corporal.
‘Dica: abraçar oportunidades’
Hoje formado em engenharia, Wieland afirma que o prêmio foi um grande motivador para chegar até o mestrado na UFRJ na área de engenharia de software, e trabalhar com aprimoramento de inteligência artificial.
— Se pudesse dar uma dica para os jovens, seria para abraçar as oportunidades. O ensino médio é onde se aprende muita coisa e escolhemos a carreira. O Jovem Cientista abriu e abre muitas portas pra mim. As pessoas me reconhecem pelo prêmio quando analisam meu currículo — destaca.
Em sua 30ª edição, o Prêmio Jovem Cientista, uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho, conta com patrocínio da Shell e apoio de mídia da Editora Globo e do Canal Futura. O tema desta edição é Conectividade e Inclusão Digital. As inscrições são feitas pelo site cientista.cnpq.br. Entre as premiações previstas estão laptops, bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e valores em dinheiro que vão de R$ 12 mil a R$ 40 mil.
Fonte: O GLOBO
da redação FM Alô Rondônia