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No ano passado, a autoridade máxima em saúde pública dos Estados Unidos, Vivek Murthy, publicou um relatório que deixa claro que não há “evidências suficientes para determinar se as redes sociais são suficientemente seguras para crianças e adolescentes”. Esta manifestação é um marco importante, semelhante àquelas que destacaram os riscos do tabagismo, gerando um profundo impacto na sociedade.
Dois meses depois, a Unesco lançou um relatório apontando os efeitos nocivos das telas no desempenho acadêmico dos alunos. Esse documento revelou que um em cada quatro países já adotou regras para restringir o uso de celulares nas escolas. Os alertas acenderam o debate sobre os riscos e estratégias para minimizar o uso de telas e redes sociais entre os mais jovens.
Quais são os riscos do uso excessivo de redes sociais para crianças e adolescentes?
Daniel Becker, pediatra e professor do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ, enfatiza que, embora muitos efeitos ainda estejam sendo estudados, as pesquisas já revelam importantes problemas: distúrbios cognitivos, perda de aprendizado, comportamentos alterados, sedentarismo, miopia, fraqueza muscular e perturbações no sono são alguns dos principais impactos.