De olho em 2026, Zema negocia retirar candidatura do Novo em BH e apoiar senador do Podemos

De olho em 2026, Zema negocia retirar candidatura do Novo em BH e apoiar senador do Podemos

 


      O governador de Minas Gerais esteve em evento de Carlos Viana neste sábado; parlamentar busca união e quer secretária Luísa Barreto como vice-prefeita em sua chapa

Porto Velho, Rondônia - Disputado por quatro pré-candidatos, o apoio do governador Romeu Zema (Novo) nas eleições à prefeitura de Belo Horizonte parece ter ganhado um direcionamento no último final de semana. Presente no evento que tornou o senador Carlos Viana presidente do diretório municipal do Podemos na capital mineira, Zema agora negocia com o parlamentar a retirada da pré-candidatura da secretária Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto (Novo), e uma possível composição.

Nos próximos dias, os partidos se debruçarão sobre um acordo que acopla não só as eleições de 2024, mas a de 2026:

— Esse gesto da ida do governador ao evento marca o início da aproximação. Terei uma conversa com o presidente do Novo em Minas para negociar o apoio do Podemos ao vice-governador Mateus Simões em 2026. Em troca, o Novo indicaria a vice-prefeitura da chapa — diz Carlos Viana ao GLOBO.

No ato de sábado, a secretária esteve presente e foi elogiada pelo governador em seu discurso, que se limitou a publicamente apenas cumprimentar Viana.

– Ela (Luísa Barreto) foi o cérebro do maior acordo que teve no Brasil, da maior multa aplicada a uma empresa, que é a tragédia de Brumadinho e que todas as cidades de Minas se beneficiaram – afagou Zema neste sábado.

Integrantes do Novo, como o vice-governador, Professor Mateus Simões, refutam a possibilidade de Barreto deixar a disputa.

– Luísa é nosso quadro técnico mais preparado, com léguas de vantagem em termos de experiência e resultado sobre todos concorrentes. Apesar de eu ser um dos maiores defensores de unificação de candidaturas de centro-direita, no caso de BH parece não fazer sentido – diz o vice-governador que defende uma frente única apenas no segundo turno.

Articuladores de Zema, contudo, ressaltam que, desde que assumiu o governo do estado, ele não teve aliados ocupando a prefeitura de Belo Horizonte. Entre 2018 e 2022, Alexandre Kalil esteve à frente e foi sucedido por Fuad Noman, após deixar a gestão para concorrer contra o governador nas eleições.

Também pesa contra a secretária sua votação nas eleições de 2020, quando obteve 1,39% dos votos pelo PSDB.

Além de Luísa Barreto e Carlos Viana, outros dois nomes disputam a direita e o apoio do governador, os deputados estaduais Mauro Tramonte (União Brasil) e Bruno Engler (PL).

Desde o ano passado, o pré-candidato do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem manifestado seu interesse em ter o governador no seu palanque.

– Hoje tenho apoio do Bolsonaro, do Cleitinho, do Nikolas, acho que a vinda do governador seria para completar o campo da direita. A gente tem buscado essa construção, mas seria muito importante –afirma ao GLOBO.

Alguns fatores, contudo, dificultam essa aliança. Em outubro do ano passado, Engler deixou a vice-liderança do governo na Assembleia Legislativa após ter votado contra a alíquota adicional de 2% em produtos considerados "supérfluos". O texto que foi aprovado pela Casa era tido como uma das prioridades da gestão.

Esta não foi a primeira vez que o deputado foi contra os interesses de Zema. Na Assembleia, os dois possuem um histórico de disparidades: Engler já ajudou a derrubar vetos seus como no reajuste dos salários de servidores da segurança, saúde e educação.

O radicalismo do pré-candidato do PL também diverge do governador, que tem feito acenos ao bolsonarismo, mas também ao governo federal.


Fonte: O GLOBO

da redação FM Alô  Rondônia

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