URGENTE: Daniel Alves é condenado à prisão na Espanha por estupro; veja sentença

URGENTE: Daniel Alves é condenado à prisão na Espanha por estupro; veja sentença

 

                                                                       

Foto: Alberto Estevez/Pool via Reuters


O jogador Daniel Alves foi condenado pelo Tribunal de Barcelona, na Espanha, a uma pena de quatro anos e seis meses de prisão por estupro de uma mulher de 23 anos em uma boate da cidade. Além disso, ele ficará sob liberdade vigiada por cinco anos após cumprir a pena, com a proibição de se comunicar ou se aproximar da vítima. O crime ocorreu em dezembro de 2022, poucos dias após a participação do atleta na Copa do Mundo do Catar com a seleção brasileira. A sentença foi proferida pela juíza Isabel Delgado Pérez nesta quinta-feira, dia 22, e cabe recurso.

Daniel Alves chegou ao tribunal por volta das 10h (6h no Horário de Brasília). Além do jogador, estavam presentes durante o anúncio da sentença Ester García, advogada da vítima; Inés Guardiola, responsável pela defesa de Daniel Alves; e a promotora Elisabet Jiménez. Os magistrados consideram provado que jogador “agarrou abruptamente a denunciante, a atirou ao chão e, impedindo-a de se mexer, a penetrou pela vagina”, entendendo ter existido “ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal”.

A resolução explica, ainda, que “para a existência de agressão sexual não é necessário que ocorram lesões físicas, nem que haja provas de oposição por parte da vítima a ter relações sexuais”, especificando que “no presente caso encontramos também lesões na vítima que tornam mais do que evidente a existência de violência para forçar a sua vontade, com posterior acesso carnal que não é negado pelo acusado”.

Ainda de acordo com o veredito, o tribunal chegou à conclusão dos fatos ao ter “avaliado positivamente o depoimento da vítima no julgamento, juntamente com outras provas que corroboram a sua história”. Foi considerado essencial para os magistrados a denunciante ter sido “coerente e persistente” em sua versão ao longo da investigação e também durante a audiência do dia 5 de fevereiro, sem apresentar indícios de contradição relevante em relação ao afirmado anteriormente às autoridades. Os magistrados também citam “corroboração periférica suficiente que apoia a versão do reclamante em relação à penetração vaginal não consensual”.

Daniel Alves, que mantém sua alegação de inocência, permaneceu em prisão preventiva por 13 meses e continuará detido durante o processo de apelação. O julgamento de Daniel Alves teve a duração de três dias, encerrando-se em 7 de fevereiro. A mulher que apresentou a acusação contra o jogador sustentou sua versão inicial, reafirmando ter sido vítima de violência. Durante o julgamento, o jogador expressou emoção intensa, alegando estar sob efeito de álcool, mas negando que a relação tenha ocorrido de forma coercitiva.

A alegação de que Daniel Alves estava ébrio na noite do crime foi a estratégia mais recente da defesa para atenuar uma eventual pena do jogador. De acordo com a sentença, “não existe a circunstância modificadora da responsabilidade penal da embriaguez, uma vez que não foi comprovado em plenário o impacto que o consumo de álcool poderia ter nas faculdades volitivas e cognitivas do acusado”.

O Ministério Público da Espanha solicitou uma sentença de nove anos de prisão para o jogador, mas havia expectativas de que a condenação não ultrapassasse seis anos. Isso se deve ao fato de que, no início do processo, a defesa do jogador compensou a Justiça com uma quantia de 150 mil euros (aproximadamente R$ 800 mil), como uma forma de mitigar a pena, caracterizando uma espécie de indenização à vítima de abuso. Além disso, o jogador foi instruído a arcar com os custos do processo.

Ao longo do período detido, Daniel Alves mudou sua versão sobre o caso por diversas vezes, trocou de defesa e teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga. Recentemente, foi noticiado que Daniel Alves foi acusado por um colega de cela de planejar uma fuga para o Brasil. Seu estado emocional “deprimido e desanimado” também fizeram a prisão onde ele está detido acionar um protocolo antissuicídio.

A denúncia

A história veio à tona em 31 de dezembro de 2022, quando a mídia espanhola divulgou que Daniel Alves estava sendo acusado de agressão sexual a uma jovem na casa noturna Sutton, em Barcelona, na véspera. O jogador brasileiro, que estava no México para a temporada de 2023 com o Pumas, decidiu retornar voluntariamente a Barcelona com sua esposa, Joana Sanz, para prestar depoimento pela primeira vez.

Inicialmente, ele negou conhecer a mulher que o acusava. No entanto, inconsistências em suas declarações à Justiça e o risco de fuga do país levaram a juíza Maria Concepción Canton Martín a ordenar sua prisão em 20 de janeiro. Daniel Alves foi detido no Centro Penitenciário Brians 2, e o Pumas anunciou sua demissão após a prisão.

Os resultados do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses de Barcelona confirmaram que o sêmen encontrado nas amostras intravaginais da denunciante e no chão do banheiro da boate pertencia a Daniel Alves. Em abril, o jogador solicitou depor novamente, admitindo que houve penetração na relação com a denunciante, mas alegou que o ato foi consensual. Ele afirmou também ter fornecido diversas versões à Justiça para ocultar a infidelidade e proteger seu casamento. Apesar de cinco pedidos de liberdade provisória, todos foram negados pelo Ministério Público da Espanha.

Com informações de Estadão

Postar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem
Aos leitores, ler com atenção! Este site acompanha casos Policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda - se ao leitor critério ao analisar as reportagens.