Orcrim expande crimes pela Amazônia e diversifica atividades na fronteira com o Peru.
A fuga de dois acreanos do Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró (RN), na semana passada, poderá determinar uma atuação plena das forças policiais, tendo como alvo as organizações criminosas (Orcrim). A ousadia dos bandidos deverá provocar uma pressão do governo brasileiro sobre as facções.
Para o Ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, o governo sabe, por meio de investigações da Polícia Federal (PF), que houve apoio para a fuga dos acreanos. Como assunto do momento, até mesmo tumultuando a esperada manifestação encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em São Paulo (SP), os holofotes apontam, neste momento, para o vizinho estado do Acre. Motivo?
A Orcrim a qual os bandidos são associados acabou de tomar o controle total do estado. Comando Vermelho (CV), sigla criminosa fundada no Rio de Janeiro (RJ), apropriou-se, segundo reportagem do site UOL, das ações ilícitas nesta parte do país.
Na reportagem, o “CV” estaria no comando do crime organizado do estado acreano. Além disso, de acordo com a matéria jornalística, a tomada ocorreu após perder, nos últimos anos, seu espaço para o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa fundada em São Paulo, pelo preso Marcos William Herbas Camacho, vulgo Marcola.
A partir daí, a Orcrim passou a concentrar suas atividades entre o Paraguai e Sudeste do país. Na Região Norte, a facção fluminense, segundo a matéria, concentrou suas forças na Amazônia, atuando ativamente na fronteira da Bolívia e Peru. Os países, juntamente com a Colômbia, formam os três principais circuitos da produção de cocaína do mundo.
Ainda segundo a apuração, a intenção das mentes que comandam a sigla é manter as atividades na rota Solimões. Com o controle do Acre, a facção busca expandir suas atividades na fronteira com o Peru. “O grupo passou a usar mão de obra peruana para o cometimento de crimes nos dois países”, enfatiza a reportagem.
Por Emerson Barbosa